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O Papel dos Escritórios na Era Pós-Pandemia: Vale a Pena?

Há pouco mais de dois anos, adotar o home office e o trabalho híbrido como um padrão era algo distante e até mesmo inimaginável para muitas empresas. 

Hoje, a digitalização do trabalho – que já era uma tendência no mundo corporativo -, ganhou ainda mais força ao ponto de nos fazer repensar qual é o papel dos escritórios na era pós-pandemia e se ainda vale a pena investir em um. 

Dois Lados da Moeda

Como consultora de RH, eu jamais poderia levantar uma discussão sobre qualquer mudança do modo de trabalho das empresas sem considerar o ponto de vista das pessoas sobre isso. 

Se por um lado muitos consideram que o trabalho remoto foi a melhor coisa que lhes aconteceu nos últimos anos, outras não viam a hora de retornar para os escritórios e retomar a  antiga rotina. 

Segundo um levantamento realizado pela WeWork em parceria com a HSM, 76% dos brasileiros consideram o modelo híbrido o cenário de trabalho ideal. Desses, 70% gostariam de ir ao escritório mais de uma vez por semana. 

Dentre os motivos para tamanha adesão, estão a economia no tempo de deslocamento, mais tempo perto da família e, inclusive, mais produtividade.

Por outro lado, existe uma grande quantidade de pessoas que não se adaptaram ou não se identificam com o trabalho remoto, mesmo que poucas vezes por semana. 

É o que mostra a pesquisa da Robert Half onde 35% dos entrevistados consideram as distrações como o maior desafio do home office. E essa distração geralmente é causada pela presença familiar. 

Mas esse não é o único motivo. Durante a pandemia diversas pesquisas mostraram que a falta de interação social com os colegas era uma das principais causadoras de ansiedade e solidão entre os profissionais em home office, trazendo diversos malefícios para a saúde mental e a criatividade – quem nunca teve aquela ideia genial durante uma conversa despretensiosa na copa da empresa? 

São dois lados da moeda que devem ser considerados, uma vez que tangem diretamente o bem-estar e a produtividade daqueles que fazem a empresa funcionar.

Descentralização do Local de Trabalho

Unanimidade ou não, sabemos que não só as relações de trabalho foram drasticamente transformadas nos últimos anos, como também a forma de trabalhar. 

Hoje, mesmo pessoas e empresas que antes eram resistentes à digitalização percebem que a produtividade não está, necessariamente, relacionada à presença física no local de trabalho e, assim, a dependência dos espaços físicos passa a ser cada vez menor. 

Isso levou a uma grande onda de esvaziamento de escritórios, provavelmente a maior vista até hoje no país. Mas isso não significa que os escritórios vão deixar de existir. 

A descentralização do local de trabalho não significa o desaparecimento dos escritórios e prédios comerciais, pelo contrário. 

Oferecer às pessoas a possibilidade de escolher de onde querem trabalhar é trazê-las ainda mais para perto da empresa, da cultura e da alta performance. O resultado? Pessoas mais felizes, mais satisfeitas e mais produtivas. 

Ainda que todas as tendências apontem para a do trabalho remoto, o Brasil ainda tem uma forte cultura face to face, onde as relações exercem papel fundamental no desempenho e na satisfação dos colaboradores. 

Talvez, não vejamos mais grandes prédios com centenas de funcionários trabalhando ao mesmo tempo, levando cada vez mais empresas a repensarem o tamanho e o formato de seus espaços físicos. 

Portanto, sim, ter um escritório ainda vale a pena, desde que essa seja mais uma ferramenta de produtividade e conexão, não de controle. E assim, junto com o RH, fazer do escritório um lugar onde as pessoas querem estar, ainda que não precisem. 

Na Salt, após quase 3 anos de modelo de trabalho full home office, vamos inaugurar um novo espaço físico em São Paulo, mesmo que parte de nossa equipe não more aqui. Será o Salt Creative Space.

Quer saber mais sobre esse local? Comenta qual a sua curiosidade!

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